Um estudo feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) avalia que metade da população masculina do planeta terá algum grau de disfunção até os 50 anos. A causa é atribuída a testosterona, hormônio sexual masculino, a maior responsável pela queda do cabelo, conforme explicou a OMS.
A calvície é mais significativa no homem porque eles possuem mais hormônios masculinos e receptores no couro cabeludo se comparado com as mulheres. Embora as mulheres estejam menos propensas a queda de cabelo, a SBEC alerta que é bom levar em consideração o estresse e outros fatores externos que contribuem com a diminuição de fios nelas.
Confira abaixo os mitos e verdades sobre a calvície:
(fonte: Portal Uol)
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Calvície atinge mais homens que mulheres?
Verdade. O processo de afinamento e queda de cabelo causado por genes e hormônios atinge quase 50% dos homens e apenas 5% das mulheres.
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Xampus antiqueda são eficazes no combate à calvície?
Mito. Os xampus favorecem as condições do couro cabeludo, mas não agem especificamente no crescimento dos fios.
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Uso de máscara hidratante é eficiente para nutrir o cabelo e minimizar a queda?
Mito. As máscaras são produtos cosméticos que hidratam os fios e recuperam sua maleabilidade, mas não têm o poder para atuar na queda em si. Em outras palavras, beneficiam a aparência, apenas isso.
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A calvície é provocada por fatores genéticos?
Verdade. Primeiro é preciso diferenciar calvície de queda. A primeira tem origem genética, enquanto a segunda é um problema multifatorial, ou seja, iniciado por várias condições como hormônios, fumo, álcool, sono de baixa qualidade, estresse, excesso de processos químicos como tinturas, descolorantes, alisantes, anemia e faltas nutricionais de ferro.
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Há vários tratamentos possíveis contra a calvície?
Verdade. Nos casos brandos pode-se tentar tratamentos feitos em casa, mas com acompanhamento clínico. São medicamentos tópicos ou ingeridos por via oral. O mais conhecido é o minoxidil, de uso local com ação sobre os receptores androgênicos do pelo, que ajuda a bloquear os derivados da testosterona. Também existe o tratamento a laser, que pode ser feito em casa ou em clínicas dermatológicas e o transplante capilar.
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Em geral, a calvície ocorre mais no topo da cabeça?
Verdade. No caso da alopecia androgenética, a parte posterior é sempre poupada, pois não sofre a ação do hormônio masculino como no terço superior do couro cabeludo. Por isso que nas técnicas de transplante capilar os fios doadores são retirados desta área.
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Para se ter um cabelo saudável, e prevenir a calvície, é preciso ingerir proteína?
Mito. O cabelo é pura proteína mas, infelizmente, o fato de se ingerir o nutriente não vai influenciar no transtorno. Se houver carência nutricional, a pessoa pode sofre, sim, com queda que é diferente de calvície. A SBEC recomenda a quem está sofrendo com queda a ter uma alimentação rica em proteína, pois o componente melhora a qualidade dos fios.
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Transplante de cabelo sempre deixa um aspecto artificial?
Mito. Nos últimos anos, o procedimento é feito com técnicas modernas que trabalham fio a fio, o que deixa o resultado bastante natural.
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Nem todos os pacientes têm condições de se submeter ao transplante?
Verdade. A pessoa precisa ter cabelo na região doadora, perto da nuca. Na cirurgia são feitos em média 1.500 a 3.000 microenxertos de unidades foliculares, especialmente na coroa e na região frontal.
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Lavar o cabelo todos os dias aumenta a queda?
Mito. Quanto mais lavagem, menos oleosidade. O fio oleoso tende a se soltar mais fácil e, pior, levar os ‘vizinhos’ junto. A maioria dos carecas tem pele e couro cabeludo oleosos. O ideal, para proteger o couro cabeludo e os fios, é lavar dia sim, dia não. A higienização diária não detona a queda, apenas diminui a resistência capilar porque retira parte do manto hidrolipídico, minimizando a blindagem.
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É normal perder até 100 fios por dia?
Parcialmente verdade. A troca de fios deve estar diretamente ligada à quantidade que a pessoa tem. Em média, se um sujeito possui 100 mil fios, seria aceitável uma perda de mais ou menos 100 fios diários. A idade também conta. Se na juventude este número pode facilmente atingir 150, com o passar do tempo é esperado que seja menor: entre 50 a 70, por exemplo. Também é importante lembrar que, em condições favoráveis, o volume que cai deve ser reposto, porque se o balanço for negativo, a falta de cabelo começará a incomodar.
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No outono os cabelos caem mais?
Verdade. A explicação é que existem, na pele, sensores de luminosidade que recebem mais estímulos no verão, fazendo com que o cabelo cresça mais e caia menos nesta estação. Aí, com a chegada do outono, os fios que não caíram se desprendem, dando a impressão de uma queda mais intensa.
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A caspa favorece a queda de cabelo?
Verdade. Como piora a condição do couro cabeludo, há o risco de que influencie na queda. A caspa é provocada por um fungo, o que significa que o couro cabeludo não está em perfeito estado. Também vale observar que a caspa, em geral, é um sintoma paralelo da queda. Isso porque cerca de 70% dos calvos têm dermatite seborreica, quer dizer, oleosidade e descamação no couro cabeludo.
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Vitaminas em excesso e anabolizantes causam queda de cabelo?
Verdade. Esteróides originam a queda em pessoas geneticamente predispostas. De acordo com a SBEC, isso acontece principalmente se os anabolizantes contiverem uma quantidade muito grande de hormônios. As vitaminas, por sua vez, geram intoxicação e, consequentemente, perda capilar.